Direção: Michael Rossato-Bennett
Com a ajuda de um assistente social (Dan Cohen) e do famoso neurologista Oliver Sacks (autor do livro " Alucinações Musicais"), o diretor desse incrível documentário capta a transformação ocorrida em pacientes de um lar de idosos, que tem seus iPods carregados com músicas de suas juventudes.
Apesar de uma direção bastante apelativa, é quase impossível não se emocionar e se sensibilizar com a reação de pessoas despertando para a vida graças a uma simples música. O poder da canção e toda a crosta de emoções que a envolve, guardadas no fundo da mente e da alma humana.
E é com esse belo filme, que fala sobre fim e de tudo que vem antes, que o 366filmesdeaz encerra os trabalhos de 2015.
Nesse ano foram 120 filmes vistos, comentados e compartilhados. Além de dois especiais: 70 filmes de diretoras brasileiras e estrangeiras; e 90 filmes de diretores negros e diretoras negras.
Foram 25 filmes nacionais, com destaque para o lançamento “Branco sai, Preto fica”; o raro “Limite”; o clássico “Tristeza do Jeca”; além de ótimos documentários como “Utopia e Barbárie”, “As hiper mulheres” e “Esse homem vai morrer”.
Além dos nacionais, foram 14 outras obras latino-americanas. Destaque para o argentino “Relatos Selvagens”; o mexicano “Depois de Lúcia”; o cubano “Juan dos Mortos”; o venezuelano “Hermano”; o uruguaio “O quarto de Leo”; o peruano “Contracorriente”; e o uruguaio-colombiano “Anina”.
Da África, foram 6, dentre eles o clássico argelino “A Batalha de Argel”, o documentário de Burkina Faso “Memória entre duas margens” e o queniano “Soul Boy”.
Da Ásia, foram 12, em sua maioria de diretores que eu sou particularmente fã: “Sonhos” de Kurosawa, “Casa Vazia” de Kim ki Duk, “Zona de Rico” de Chan-Wook Park, “Anjos Caídos” de Kar Wai Wong e “Fireworks Wednesday” de Asghar Farhadi.
Do leste europeu, só coisa boa: “A morte do sr. Lazarescu” (Romênia), “Trens estreitamente vigiados” (Tchecoslováquia), “As harmonias de Werckmeister” (Hungria) e “Gata preta, gato branco”, do gênio sérvio Kusturica.
Dos Estados Unidos, foram 20 filmes, dentre eles o melhor que passou no ano: “Birdman”. Mas teve também “A origem”, “Waking Life”, “Vício inerente”, “O grande hotel Budapeste”, “Cidade dos sonhos”, “A conversação”, “Vanilla Sky” e “Nashville”.
Da França, teve “Azul é a cor mais quente”. Da Itália, “Um dia muito especial”. Da Suécia, “Sonata de Outono”. Da Polônia, “Hora de Morrer”. Da Áustria, “Amor”. Da União Soviética, “A despedida”. Da Inglaterra, “Os sapatinhos vermelhos”. Da Espanha, “O espírito da colmeia”. Da Alemanha, “Berlim – sinfonia da metrópole”. De Portugal, “A cara que mereces”. Da Holanda, “Lúcia de B.”. E das Ilhas Faroe, “Atlantic Rhapsody”.
E teve a bela animação “Persépolis”.
Também foram muitos e bons documentários: “O Sal da Terra” (França); “Para atirar em um elefante” (Palestina); “Close-up” (Irã); “As cinco obstruções” (Dinamarca) e o mais impactante: “Koyaanisqatsi” (EUA).
Que 2016 nos brinde com um caminhão de bons filmes. São cada vez mais necessários. Rumo a 1 milhão de acessos, o 366filmesdeaz deseja um feliz ano novo, em especial para todos e todas que passaram por aqui, nem que fosse pra dizer “o link tá fora, tem como postar de novo”. É sempre um prazer ser uma formiguinha nesse infinito campo da internet, contribuindo para que o cinema do mundo alcance todo o mundo, e que faça dele um lugar melhor para se viver.
É assim mesmo a vida, é pra compartilhar!
Feliz 2016!
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