Direção: Rogério Sganzerla
Marginal paulista chamado João Acácio Pereira, mais conhecido como Bandido da Luz Vermelha, coloca a população em polvorosa e desafia a polícia ao cometer os crimes mais requintados - de estupro a assassinatos. Ele conhece a provocante Janete Jane, famosa em toda a Boca do Lixo, por quem se apaixona.
O ritmo do filme começa frenético. Nem dá tempo de respirar. São sessenta informações por minuto. Em pouco tempo, se tem todo um contexto social, político, policial, midiático e cultural que envolvia o caso do “Bandido da Luz Vermelha”.
João Acácio Pereira da Costa. Órfão aos 8. Semi-analfabeto e pobre. Em Santa Catarina, roubou 30 bicicletas e um jipe. Foi preso aos 18. Fugiu para São Paulo, onde cometeu pelo menos 141 crimes. Foi condenado por 4 assassinatos e 77 assaltos. Pena total: 351 anos. Cumpriu o máximo: 30 anos. Saiu em 1997 e retornou para Joinville. No dia 4 de janeiro de 1998, após se envolver em uma briga, foi assassinato. No enterro, compareceu apenas seu irmão e dezenas de curioso.
E, pegando o bonde de um dos bandidos mais famosos do Brasil, Rogério Sganzerla traça um painel histórico do país a partir desse caso policial que ocupou a pauta da imprensa brasileira. De uma mídia que criou o “Luz Vermelha”, que estimulou os crimes e atiçou a vaidade do criminoso. E o diretor caminha por tudo isso se utilizando de um cinema experimental, marginal, do luxo estético e da boca do lixo.
Grande pérola do cinema brasileiro!
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