Direção: Hector Babenco
No presídio de um país latino-americano, dois prisioneiros ensaiam uma difícil convivência. Um deles, Molina, é um homossexual condenado por corrupção de menores. O outro, Valentin, é um militante político, torturado diariamente pelas autoridades que desejam obter informações sobre suas atividades de resistência ao Regime.
No presídio de um país latino-americano, dois prisioneiros ensaiam uma difícil convivência. Um deles, Molina, é um homossexual condenado por corrupção de menores. O outro, Valentin, é um militante político, torturado diariamente pelas autoridades que desejam obter informações sobre suas atividades de resistência ao Regime.
O filme, por si só, já representa uma diversidade. É diretor argentino, fazendo filme brasileiro, com atores que falam em inglês.
De uma ousadia histórica. Muito do que se faz hoje no cinema, numa tentativa de naturalizar a sexualidade e mostrar que o ser humano deve ser respeitado, independente de com quem ele vai pra cama, se encontra em O Beijo da Mulher Aranha.
Muito do resgate político da nossa história também está lá.
Fico só imaginando como foi a repercussão dessa obra, em 1985. Será que apareceu algum deputado-pastor com uma melancia na cabeça clamando por moralidade e prometendo o inferno aos que trabalharam no filme?
Seja lá qual foi a voz que se levantou contra a obra de Babenco, certamente foi contra o respeito ao outro e a possibilidade de um relacionamento admirável, envolvendo dois homens totalmente diferentes.
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