Direção: Moustapha Akkad
Este é um grande épico que tem lugar no calor do deserto e nos conta a história de OMAR MUKHTAR (Anthony Quinn), um grande herói libio que lutou por sua nação para impedir a invasão italiana durante a segunda grande guerra.
Um interessante filme de guerra, sob a perspectiva da resistência líbia contra a invasão fascista italiana. É verdade que a direção é bem tendenciosa, fazendo de Omar Al-Mukhtar uma figura corajosa, sábia, bondosa e humana. Difícil imaginar que de fato ele era assim, mesmo no calor e brutalidade de uma guerra.
É possível, também, fazer uma analogia com Osama Bin Laden. Há muito em comum. Tanto Omar quanto Osama resistiram à invasão de países estrangeiros (Itália e EUA), dando muito trabalho aos seus respectivos exércitos, que além do inimigo ainda enfrentavam a geografia local, seus desertos, montanhas e grutas – principais armas do exército nativo.
Para a história, Bin Laden entrou como sendo uma figura macabra. Para O Leão do Deserto, Omar foi representado como um herói da resistência. Uma coisa é certa, a história escolhe seus heróis e vilões de acordo com os interesses de quem a escreve.
Em 2009, o hoje odiado Khadafi fez uma visita à Itália, acompanhado do filho de Omar Al-Mukhtar e portando uma foto do líder líbio. O então primeiro-ministro Silvio Berlusconi o recebeu e o cumprimentou sem nem perceber de quem se tratava na foto de Khadafi. Era o “Leão do Deserto” Al-Mukhtar, que foi preso pelos fascistas italianos no futuramente histórico 11 de Setembro (de 1931).
A História é mesmo incrível. Com seus heróis, vilões, mitos, datas, versões e pontos de vista a gosto do freguês. Muitas vezes se repetindo. Muitas vezes como farsa.
E o filme é muito bom.
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