segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

118 – O Mestre (The Master) – Estados Unidos (2012)


Direção: Paul Thomas Anderson
Após retornar da Segunda Guerra Mundial, Freddie passa por uma fase complicada, enfrentando uma série de colapsos nervosos. Um dia ele entra num culto religioso chamado The Cause (A Causa) e inicia exercícios para liberar as emoções. Freddie se vê profundamente envolvido na seita e pelo seu carismático líder, mas questiona-se sobre o real sentido de tudo aquilo na sua vida.

O Mestre do mestre Paul Thomas Anderson.

Não é o melhor filme do diretor, mas é uma obra que não deve passar batida.

Baseado na Cientologia, o filme traz uma representação da religião, mas vai além. P.T. Anderson parece querer agir como “O Mestre” e realizar experiências com o seu próprio espectador. Enquanto sessões de hipnose e terapia são praticadas no filme, é quase inevitável que o espectador também interaja e se coloque na posição do personagem e entre no jogo proposto. A produção de cada seqüência tende a essa imersão do espectador na experiência dos personagens. Cada seqüência é uma tensão. A respiração pára e a concentração é total. Literalmente, não dá para piscar. E quando acaba, o espectador volta ao normal, respira, pisca e percebe que continua no sofá de sua casa, na mesma dimensão e realidade que estava. É, sem dúvida, uma experiência incrível que permite que quem assiste se coloque no papel do personagem que, por sua vez, pretende representar os próprios seguidores da Cientologia.

O Mestre é confuso, complexo, mas permite uma viagem única. Os planos-seqüência, um dos pontos tradicionais do diretor, não ficam de fora. Os bons e velhos atores também continuam bons. E o filme é de gente grande, como assim é P.T. Anderson, que sabe o que faz e como fazer.

Tenso e instigante. Talvez sejam os melhores adjetivos para definir essa obra do mestre!

Não pisque, se você for capaz!


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