Direção: Denis Villeneuve
Em Boston, um pai de família deve lidar com o desaparecimento de sua filha e de um amigo dela. Quando suspeita que o detetive encarregado das buscas já desistiu de procurar pelo culpado, este pai desesperado começa a desconfiar de todas as pessoas ao redor.
Ótimo suspense. Um dos melhores dos últimos tempos. Talvez o melhor desde Ilha do Medo, de Scorsese.
Precisei de 110 minutos, dos quase 150, para matar a charada.
As grandes virtudes do filme são o drama psicológico que deixa a narrativa tensa do início ao fim e o mistério que, no meu caso, durou 110 minutos.
Mas, convenhamos, Os Suspeitosestá longe da perfeição. Possui diversas falhas. Algumas questões ficam em aberto, usadas apenas para confundir e enganar o espectador, mas que não faz sentido na narrativa. Além de um tipo de clichê extremamente saturado em filmes de suspense, exemplo genérico: quando o detetive está distraído e, numa acaso do acaso do acaso ele descobre quem é o assassino. Ou seja, aquela boa e velha sequencia em que o policial derruba o café no papel, o papel tem um desenho, o desenho o faz lembrar de uma tatuagem, que era igual ao do zelador do prédio onde o suspeito morava, e então ele descobre o assassino. Isso é só um exemplo desse típico clichê, que em Os Suspeitosse repete, de outra forma, é claro. Essa e outras “muletas” são as principais fragilidades do filme.
Acabei falando mais dos defeitos, do que dos acertos. Mas posso garantir que as falhas não são suficientes para minimizar as virtudes, que são muitas. Vale à pena conferir!
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