Direção: João Pereira
Versão em vídeo de peça teatral encenada pelo grupo Raízes de Cabo Verde. A comédia popular trata com muito bom humor dos dilemas familiares do casal Simplício e Dunda, na educação do filho, o adolescente Pindoko. Os problemas começam a aparecer quanto o jovem, em vez de ir para a escola, passa a consumir drogas e inclusive a roubar. Pobres, tradicionais e conservadores, os pais reagirão de forma diferente aos desafios impostos pela rebeldia e delinquência juvenil.
Um “filme” bem preconceituoso, que busca estereotipar o jovem que fuma maconha, semelhante aos vídeos que normalmente são passados no colégio, numa propaganda anti-drogas. O produto, no entanto, acaba sendo a construção de um estereótipo que difere do usuário real, o que didaticamente é péssimo, inclusive para quem pretende dissuadir o jovem a experimentar maconha.
As aspas no “filme” é porque fica difícil encaixar Pindoko em um gênero específico. A própria equipe do filme se apresenta como grupo de teatro; tem uma narrativa cinematográfica; tem sequencias que parecem feitas para televisão (inclusive com risadas de platéia ao fundo); e tem uma qualidade técnica de produção semelhante aos vídeos que eu fazia na sétima série.
Mas, ainda assim, é uma obra interessante, pois nos apresenta alguns elementos da cultura de Cabo Verde. Algumas gírias crioulas e a excelente trilha sonora agregam ao vídeo.
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