sábado, 7 de fevereiro de 2015

11 – O estranho mundo de Zé do Caixão (idem) – Brasil (1968)


Direção: José Mojica Marins
Elevado ao estado inatingível dos seres subrenaturais, Zé do Caixão desfia sua filosofia e apresenta três contos em O Fabricante de Bonecas, marginais invadem a casa de um velhinho e decobrem o segredo da confeccção de suas bonecas em Tara, um vendedor de balões fantasia uma paixão doentia por uma garota que ele segue obsessivamente pelas ruas. Em Ideologia, o excêntrico Professor Oãxiac Odez tenta provar a um rival que o instinto prevalece sobre a razão, usando métodos nada ortodoxos.


Quem sou eu? Não interessa. Como também não me interessa quem é você. Ou melhor, não interessa quem somos. Na realidade, o que interessa é saber o que somos.
Não se dê ao trabalho de pensar, porque a conclusão final seria a loucura. O final de tudo para o início do nada.
A coragem inicia onde o medo termina. O medo inicia onde a coragem termina. Mas será que existem a coragem e o medo?
Coragem do que?
Medo do que?
Do tudo?
O que é o tudo?
Do nada?
O que é o nada?
A existência.
O que é a existência?
A morte.
O que é a morte?
Não seria a morte o início da vida?
Ou seria a vida o início da morte?
Você não viu nada e quer ver tudo. Viu tudo, mas não viu nada.
Teme o que desconhece e enfrenta o que conhece.
Por que teme o que conhece e enfrenta o que desconhece?
Sua mente confusa não sabe o que procura, porque o que procura confunde a sua mente, e nasce o terror.
O terror da morte.
O terror da dor.
O terror do fantasma.
O terror do outro mundo.
Agora, vê no terror que nada é terror.
Não existe o terror, no entanto o terror o aprisiona.
O que é terror?
Ah, não aceita o terror, porque o terror é você.


E viva o estranho, questionador, trash e existencialista mundo de Zé do Caixão!


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