Direção: Margarethe von Trotta
Depois de acompanhar o julgamento do criminoso nazista Adolf Eichmann em Jerusalém, Hannah Arendt ousa escrever sobre o Holocausto como nunca havia sido feito antes. Seu trabalho provoca um escândalo imediato, e Arendt permanece firme enquanto é atacada por amigos e inimigos na mesma medida. Mas enquanto a imigrante judia-alemã luta para romper suas ligações dolorosas com o passado, a sedutora mistura entre arrogância e vulnerabilidade de sua personalidade é exposta, revelando uma mulher lapidada pelo exílio.
Hanna Arendt e sua leitura para além do espetáculo. Ao despir Adolf Eichmann da fantasia de monstro, ela chegou à conclusão: ele era uma pessoa normal. Poderia ser qualquer um de nós. E sua incapacidade de pensar sufocada pela aceitação da hierarquia e dos deveres “em nome da nação” fez com que ele simplesmente cumprisse ordens que resultou em um do maiores extermínios do século XX.
Hanna Arendt nos provoca. Para ela, precisamos pensar. Caso contrário, estaremos sujeitos a vestir a mesma fantasia que Eichmann. A mesma fantasia que Bolsonaros, Felicianos e Malafaias. A mesma fantasia que leva as cores do nacionalismo exacerbado, de que existe uma pátria nossa que precisa ser defendida a qualquer custo e que precisamos provar o nosso nacionalismo colorido: seja o preto, amarelo e vermelho de Hitler; seja o azul e branco de Ariel Sharon; seja o verde e amarelo. Pensar, para que a história não se repita como farsa.
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