quinta-feira, 29 de abril de 2021

Collectiv (dir. Alexander Nanau) - Romênia (2019)

Direção:  Alexander Nanau

Sinopse: A história segue uma equipe de investigadores do jornal romeno Gazeta Sporturilor, enquanto tentam descobrir uma vasta fraude na área da saúde que enriqueceu magnatas e políticos e levou à morte de cidadãos inocentes.


É para isso que serve o jornalismo.

O documentário romeno descortina uma rede de corrupção, a partir de fatos reais que parecem ficção e uma montagem precisa que ora parece levar o filme ao suspense investigativo, ora ao drama político. Quando tende mais pra esse, como na reta final em que acompanha as eleições, o filme escorrega para um discurso que eu desconfio. Mas quando costura a série de acontecimentos que sacudiram a Romênia, o documentário surpreende.

Foi indicado ao Oscar. Era a minha aposta.



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segunda-feira, 26 de abril de 2021

Judas e o Messias Negro (Judas and the Black Messiah) - dir. Shaka King (EUA, 2021)

Direção:  Shaka King

Sinopse: A história de ascensão e queda de Fred Hampton (Daniel Kaluuya), o ativista dos direitos dos negros e revolucionário líder do partido dos Panteras Negras. Um jovem proeminente na política, ele atrai a atenção do FBI, que com a ajuda de William O’Neal (LaKeith Stanfield) acaba infiltrando os Panteras Negras e causando o assassinato de Hampton.


Uma história dura, que precisava ser bem contada - como foi.

Judas teve 5 indicações ao Oscar (incluindo "Melhor Filme") e acabou levando a estatueta de "Melhor Ator Coadjuvante", dada ao impecável Daniel Kaluuya.

Seu personagem, Fred Hampton, foi morto em 1969 aos 21 anos. William O´Neal, o informante que tem a história contada no filme, se matou em 1990. Como diz uma passagem do filme: "você pode matar quem luta pela liberdade, mas não consegue matar a liberdade" - e complemento: ninguém consegue matar o sentimento por liberdade. Fred e William perderam suas vidas. Mas a luta do povo negro por liberdade e pelo direito de existir nunca foi interrompida. Nem será!



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quinta-feira, 22 de abril de 2021

Time (dir. Garrett Bradley) - Estados Unidos (2020)

 

Direção: Garrett Bradley

Sinopse: Fox Rich luta pela libertação de seu marido, Rob, que cumpre uma pena de 60 anos de prisão.


Documentário que nos revela um pouco mais os motivos de os Estados Unidos terem a maior população de pessoas encarceradas no mundo.

Concorrente ao Oscar.



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segunda-feira, 19 de abril de 2021

Quo Vadis Aida? (dir. Jasmila Zbanic) - Bósnia-Herzegovina (2020)

Direção: Jasmila Zbanic

Sinopse: A história real de uma tradutora tentando salvar as vidas de seu marido e filho, durante o genocídio bósnio.

A mulher e a guerra, mais uma vez, como protagonistas na obra de Jasmila Zbanic. A força de uma, a angústia da outra. O que matararam em uma, o que ainda tá vivo na outra.

Mais um concorrente ao Oscar. 



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quinta-feira, 15 de abril de 2021

Druk (dir. Thomas Vinterberg) - Dinamarca (2020)

 

Direção: Thomas Vinterberg

Sinopse: Um filósofo norueguês afirma que o homem nasce com um nível de álcool no sangue que é 0,5% muito baixo. Inspirado por essa teoria, Martin e seus três seus amigos, que são professores do ensino médio, se jogam numa tentativa de beber. Suas vidas são um número infinito de trivialidades, então este projeto pode ser exatamente o que eles precisam.


Retomando os trabalhos do blog! Segue um concorrente ao Oscar, dirigido pelo grande Thomas Vinterberg. Vale conferir.



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terça-feira, 6 de abril de 2021

PARTE 2



No dia 2 de abril de 2021, ao completar 9 anos de vida, o 366filmesdeAz foi removido pelo Blogger e minha conta suspensa!

Felizmente, um backup feito dias antes permitiu recuperar quase todas as postagens. Ao que parece, alguns posts de 2013 e os 366 filmes de 2012 foram perdidos. Menos mal!

Assim, criei um novo domínio - 366filmesdeaz2 - e estou retomando os trabalhos.

Não estou seguro de que as coisas funcionem normalmente, já que tem esse risco de o servidor fazer uma nova remoção. Também não sei se as dezenas de postagens que já estavam programadas irão funcionar.

Quero agradecer por todas as mensagens de apoio recebidas e a todas as pessoas que se mobilizaram para tentar recuperar o blog. Esses incentivos foram muito importantes, porque o baque com a notícia foi grande. É por essas e outras que sempre valeu à pena manter o 366filmesdeaz, mesmo não sendo fácil.

Vamos torcer para que dê tudo certo.

um abraço!

Alex (Az)

quinta-feira, 1 de abril de 2021

Torre das Donzelas (Brasil) - dir. Susanna Lira (2018)


Direção: 
 Susanna Lira

Sinopse: Torre das Donzelas traz relatos inéditos e surpreendentes da ex-presidente Dilma Rousseff e de suas ex-companheiras de cela do Presídio Tiradentes em São Paulo. Elas estiveram presas juntas na década de 70 na Torre das Donzelas, como era chamado o conjunto de celas femininas do presídio. O filme remonta, a partir de fragmentos de lembranças de cada uma delas, uma instalação semelhante ao espaço do cárcere onde estiveram presas. Nesse cenário elas se reencontram 45 anos depois para romper com o silêncio e o medo de relatar os horrores de viver sob uma ditadura.


Em um dia como o de hoje, em 1964, se iniciava uma ditadura que durou duas décadas. Algumas pessoas que ousaram lutar contra esse regime, como essas senhorinhas do filme, foram perseguidas, presas e torturadas. Muitos foram assassinados. Mas elas sobreviveram para contar um pouco dessa história vergonhosa do Brasil.

O documentário é bem feito, utilizando recursos cênicos e fugindo de qualquer sensacionalismo. É muito interessante ouvir das "vovós" as experiências de décadas passadas. É rico esse olhar de mulheres maduras sobre as jovens mulheres que um dia foram. É indispensável para nossa sociedade ouvir relatos como a dessas mulheres. Mas não é fácil falar. Dói.

Uma passagem, em especial, me tocou. Quando uma delas comenta que nunca contou sobre os fatos vividos na prisão para seus maridos, filhos e netos. Eu sei o que é isso. Tenho um exemplo em casa.

O filme me deixou com vontade de conversar com minha mãe. Por mais difícil que seja, falar é um ato de luta e coragem. E ouvir é indispensável para não deixar a luta por democracia morrer.

E assim, aos trancos e barrancos, vamos tentando construir um país livre, soberano, com justiça social, inclusivo e com os direitos humanos respeitados.

Obrigado, Donzelas.

Ditadura nunca mais!



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